A GUERRA DE ISRAEL ATINGE O MERCOSUL
A guerra de Israel contra o Líbano começa a respingar no Mercosul.
Amanhã, em Córdoba (Argentina), durante a Cúpula de presidentes do bloco, entidades da Igreja Católica brasileira, apoiadas pelo MST e a Campanha Continental contra a Alca e a OMC, pedirão que os presidentes sulamericanos suspendam o acordo comercial que o Mercosul e Israel assinaram em Montevidéu no dia 8 de dezembro de 2005.
Provavelmente, a entrega do documento, que já foi passado no início da semana ao Itamaraty, à embaixada de Israel em Brasília e à Missão Palestina no Brasil, acontecerá no ato das Mães da Praça de Maio em apoio ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Lideradas pela Cáritas Brasileira, as organizações sociais afirmam no documento que “pelas mesmas razões que nos opusemos à ALCA e aos tratados de livre comércio entre Europa e o Mercosul, denunciamos hoje este Acordo que estabelece “a criação de uma Área de Livre Comércio” entre os cinco países mencionados [Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela], assim como o compromisso “com os princípios da Organização Mundial de Comercio (OMC)”.
Essas organizações sociais, que há anos pedem a anulação da dívida dos países do terceiro mundo, dizem que "preocupa também que se assine este convênio com Israel, um dos principais aliados dos Estados Unidos em sua política de guerra e militarização".
Na carta, as organizações observam que “as regras da OMC são utilizadas para defender os interesses das grandes corporações transnacionais” e que “nos preocupa particularmente que o Acordo firmado pelos chanceleres inclua o comercio de serviços no marco do GATS, o qual assegura a abertura da área de serviços (água, educação, saúde e outros) às empresas estrangeiras, é uma ameaça real para a garantia de direitos fundamentais que devem ser responsabilidade indelegável dos estados nacionais”.
A partir de sexta (21), o Brasil assume a presidência temporária do Mercosul.
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