DOHA NÃO MORREU
A Rodada de Doha ainda não deu seus últimos suspiros.
Enquanto aguarda a decisão do Congresso estadunidense sobre o fast track , o que deve acontecer até dezembro, o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, continua a dialogar com o Washington para baixar tarifas de lado a lado. É provável que faça o mesmo com a União Européia.
Amorim é daqueles diplomatas formados na velha escola do multilateralismo - e põe sua alma nisso. Avalia que não há como deixar o mundo atual sem regras claras para o comércio, definidas por um órgão com participação igualitá - no caso, a Organização Mundial do Comércio.
Nisso, o ministro tem razão - e aqui não entro no mérito dos acordos que vêm sendo costurados pelo Brasil, por dentro e/ou por fora do G-20.
Aí está o caso da invasão do Líbano por Israel. Enquanto os países do Conselho de Segurança sequer chegam a um acordo sobre o repúdio a Tel Aviv, o massacre de civis continua.
Apenas os EUA e a União Européia, além de Israel, Líbano e, eventualmente, Palestina, teriam algum nível de ingerência sobre os rumos da agressão.
A ONU, que deveria ser a guardiã da paz, vem sendo solenemente desconsiderada.
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