SANTOS DUMONT HERÓI NACIONAL
Um herói brasileiro de fato agora o é de direito e de justiça: na quarta (26) o nome de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação, criador do avião, foi o nono nome gravado em páginas de aço do livro dos heróis da pátria, guardado no Panteão da Pátria, em Brasília. Nada mais justo, justamente no centésimo ano de comemoração do vôo do 14 Bis, em Paris.
Segundo o Ministério da Defesa (MD), proponente da homenagem, “ter morrido pelo menos há cem anos e contribuído efetivamente para o País são algumas das exigências para a inscrição do nome no livro dos heróis. Assim, o nome de Santos-Dumont juntou-se a mais oito personalidades brasileiras, como o primeiro presidente da República, Marechal Deodoro da Fonseca, Tiradentes, e o líder negro, Zumbi dos Palmares”.
O próprio Presidente da República esteve presente à homenagem – o que confere ao ato distinção e importância. Aliás, diga-se em favor de Lula que ele vem dando o maior apoio à afirmação, em nível internacional, do nome e da imagem de Santos Dumont, que sofre de ataque abjeto e planejado, às vezes explícito, às vezes subliminar.
Espertos como eles só, grupos estadunidenses patrocinam uma estratégia também internacional para afirmar o nome de uns tais irmãos Wright como os inventores do mais pesado do que o ar.
Como o mundo inteiro sabe – menos os habitantes daquela porção do planeta que fica abaixo do Canadá e acima do México – o que os Wright fizeram foi apenas reproduzir uma geringonça, misto de catapulta com libélula gigante de madeira, sem autopropulsão, que foi jogada para cima, subiu uns metros e caiu de bico no chão de uma fazenda no interiorzão dos EUA, sem que muita gente se desse conta da trapalhada.
Santos Dumont, ao contrário, teve um longo e planejado processo de invenções científicas - que foram, aliás, além do avião. É dele, também, a criação do relógio de pulso. Fez diversos protótipos que alçaram vôo sem o auxílio de equipamentos paralelos - como as catapultas - e manteve-se vários minutos no ar, à vista de dezenas de milhares de pessoas.
O feito ocorreu na capital da França, que, àquela época, era uma espécie de esquina do mundo, onde algumas das mais importantes decisões do Ocidente eram tomadas.
“Esperamos que as futuras gerações possam se inspirar no legado que ele deixou”, disse o sobrinho-bisneto Marcos Villares, sociólogo e diretor executivo do Instituto Cultural Santos-Dumont, informa o MD.